segunda-feira, 2 de julho de 2012

Conjutivite viral

Na maioria das vezes é causada por Adenovírus, sendo a causa mais comum de conjutivite. São encontradas em diferentes tipos de apresentação: conjutivite epidêmica, febre faringoconjuntival, conjutivite folicular não específica e ceratoconjutivite crônica. O patógeno é eliminado pelas vias aereas superiores, o que justifica o seu alto poder contagioso, acometendo tanto crianças quanto adultos.
Caracteriza-se por um início agudo do quadro típico de conjutivite com estado geral, na maioria das vezes, preservado. Apresenta secreção mucóide associada a olho vermelho, desconforto ocular, lacrimejamento e concreção aderente matinal. Após aproximadamente três dias há o acomentimento bilateral.
Observa-se durante o exame físico a presença de reação folicular tarsal, discreta quemose e petéquias subconjuntivas. Pode-se associar a blefarite e adenopatia pré-auricular.
Há uma piora inicial esperada durante os cinco primeiros dias, culminando na resolução do quadro em até 15 dias.
O tratamento consiste apenas no emprego de compressas geladas e lubrificantes, colírios ou pomadas (noite), para alívio dos sintomas e proteção da córnea. O conrticoesteróide tópico é indicado desde que não haja infecção herpética, ceratite intensa, presença de membranas conjutivais, infiltrados e opacidades corneanas no eixo visual com redução da visão. O uso de colírios antibióticos é defendido por alguns autores no intuito de prevenir a co-infecção bacteriana comum nesses casos.
É importante orientar sempre o paciente quanto às precauções devidas para evitar a transmissão. A mão do paciente é a principal fonte de contágio , devendo assim tomar cuidados higiênicos especiais como higiene manual e de objetos pessoais como toalhas de rosto, fronhas de travesseiros, roupas de cama, dentre outros.

Fonte: IPB volume 5