sexta-feira, 27 de abril de 2012

Projeto cão guia saiba como ajudar.



O projeto Cão Guia Brasil tem como objetivos: treinar cães para guiar pessoas com deficiência visual ou com baixa visão; facilitar o acesso das pessoas com deficiência visual à parceria com um Cão Guia; formar novos treinadores e instrutores de Cães Guias; preparar a sociedade para receber esta nova realidade através de Palestra e Workshops em Congressos, Empresas e Instituições de ensino Fundamental, Médio e Superior, Públicas ou Privadas.
Através da execução do projeto Cão Guia Brasil pretende-se propiciar a inclusão social do indivíduo com deficiência visual e a consequente melhoria da qualidade de vida da população atendida.
No Brasil, o número de cães guias é ínfimo diante do universo de pessoas que poderiam ser beneficiadas. O CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia - revelou que existem aproximadamente 5.400.000 (cinco milhões e quatrocentas mil) pessoas com deficiência visual (pessoas cegas ou de baixa visão) em nosso país, considerando-se uma população de 191.000.000 (cento noventa e um milhões) de habitantes (IBGE 2009). Enquanto isso, há 2000 pessoas na fila de espera para obter um cão guia, com cujo auxílio apenas cerca de 70 pessoas podem contar atualmente. Precisamos mudar essa realidade.
Pelo apelo social do projeto que não acarreta nenhum ônus às pessoas beneficiadas, algumas empresas privadas aderiram a esse ideal, proporcionando a entrega de 2 (dois) cães, em 2007 e 2008, e o adestramento de outros dois que já se encontram em fase de socialização, com previsão de entrega para meados de 2010.
Com a ajuda de todos, empresas públicas e privadas, pessoas físicas, todos que estejam dispostos a colaborar para o crescimento dessas ações, temos certeza de que, ao final da terceira década, teremos transformado significativamente a vida de muitas pessoas com deficiência visual, assim como todo o espaço social a sua volta.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Olhos de vidro: Uma arte em declínio?



Jolyon Jenkins
BBC News Magazine

Em uma sala minúscula em um subúrbio no norte de Londres, o alemão Jost Haas está fabricando um olho de vidro.
Haas segura um tubo de vidro sobre um bico de búnsen e, girando-o constantemente, sopra dentro de uma pequena quantidade de vidro fundido acoplada à outra extremidade do tubo, formando uma pequena esfera.
Seu cliente, Dan Light, enxerga por apenas um olho.
Haas usa palitos de vidro colorido para tentar criar uma cópia exata, não apenas do desenho da íris, mas também das veias vermelhas da esclera (a parte branca do olho).
O artesão também tem de fazer com que o olho de vidro se encaixe perfeitamente sobre o olho danificado do seu cliente, algo que requer precisão de milímetros.
Um olho de vidro não é - ao contrário do que muitos imaginam - sólido como uma bola de gude. Trata-se na verdade de uma meia esfera oca, uma concha fina encaixada sobre o olho danificado, se ele ainda existe.
Caso contrário, a prótese é encaixada sobre uma esfera implantada cirurgicamente na cavidade ocular e conectada aos músculos do olho.
A maioria dos olhos artificiais possui algum tipo de movimento.
Confortante para o Outro
Em alguns casos, uma prótese de olho pode ajudar pacientes que perderam seu olho a conviver melhor com seu problema.
Cada um dos clientes de Hass conta uma história diferente para explicar a perda de seu olho. Há casos de câncer, de violência ou de uma brincadeira que não deu certo.
Dan Light, hoje com cerca de 30 anos, visita o ateliê de Hass desde a infância.
O inglês perdeu o olho aos quatro anos de idade, quando ele e o irmão brincavam com ferramentas que um encanador deixara em sua casa.
Light está encomendando vários olhos de vidro para fazer um estoque pessoal.
É que Haas, que nasceu na Alemanha - país famoso por produzir olhos de vidro de alta qualidade - e vive na Grã-Bretanha desde a década de 1960, deve se aposentar em breve.
Quando isso acontecer, não haverá mais fabricantes de olhos de vidro no país - atualmente, a grande maioria das próteses de olho é feita de acrílico.
Um olho artificial não é como uma perna ou um dente falsos. A prótese não cumpre a função do olho verdadeiro.
Prótese pode ajudar pacientes que perderam seu olho a conviver melhor com seu problema
Seus benefícios são puramente sociais e psicológicos: evitar desconforto nas outras pessoas e fazer com que o usuário se sinta "normal".
Light disse que durante um tempo optou por não usar o olho artificial. Achava que o mundo deveria aceitá-lo como ele era. Mas o olho de vidro se tornou motivo de discussão entre sua mãe e sua namorada.
A namorada lhe dizia que o olho "ruim" era bonito. A mãe dizia que usar uma prótese de olho é como usar desodorante: algo que você faz para o benefício dos outros. A mãe acabou vencendo.
Para muitas pessoas, um rosto sem dois olhos idênticos é algo desconcertante.
Mesmo que sejam necessários apenas uns poucos instantes para que o observador se ajuste à falta de um segundo olho, esses poucos instantes podem ser terríveis para quem está sendo observado - ou seja, para a pessoa que tem somente um olho.

Tempos Modernos
Ao se aposentar, Haas deixará órfãos clientes que vêm usando seus serviços há vários anos.
É possível que muitos passem a usar próteses de acrílico pintadas à mão.
Elas oferecem pelo menos uma grande vantagem em relação às de vidro: sua durabilidade.
As proteínas contidas nas lágrimas corroem a superfície da prótese, tornando-a fosca. A prótese de vidro não pode ser polida, portanto precisa ser substituída a cada dois anos.
A de acrílico, por outro lado, pode ser polida várias vezes e dura entre 15 e 20 anos.
No entanto, o relacionamento entre o cliente e o artesão que fabrica a prótese de seu olho é muito particular, explicou Peter Coggins, que faz próteses de acrílico para pacientes do Moorfields Eye Hospital, em Londres.
"Cria-se uma ligação emocional forte e o paciente tende a querer manter aquele vínculo".
"A primeira sessão é a mais importante, quando você vê o paciente e as emoções podem ser mais intensas. É preciso muita conversa".
Segundo Coggins, uma vez que os clientes de Haas consigam superar o impacto psicológico de perder os serviços do artesão, a adaptação às próteses modernas de acrílico não deve ser difícil.
A única exceção são casos raros em que o paciente desenvolve uma alergia ao acrílico.
"Nesses casos, recomendamos a prótese de vidro", explicou.
Mentira ou Liberação?
Para algumas pessoas, usar um olho artificial pode ser uma experiência transformadora.
Bob Lewis perdeu um de seus olhos há dois anos, em consequência de um câncer. Ele disse que quando recebeu uma prótese pela primeira vez, ficou emocionado.
"Chorei", ele disse. "Estava completo novamente. Eu nunca poderia ver (com o olho artificial), mas visualmente estava perfeito de novo".
Outros, no entanto, se incomodam com a ideia de uma protese.
Vera White, que também teve um tumor, precisou fazer terapia para conseguir se conformar com a ideia de usar um olho artificial.
"É a falsidade da coisa, a artificialidade (que me desagrada). Na verdade, eu queria que minhas pálpebras fossem fechadas e costuradas".
No final, fez um acordo com a prótese: "Olhei para o espelho e disse ao olho (falso): 'Não gosto de você, nunca vou gostar, mas você pode ficar aí'".


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120227_olhos_vidro_mv.shtml

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Transplante de Córnea



1) O que é a córnea?
A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho (de forma grosseira, podemos compará-la ao vidro de um relógio ou a uma lente de contato). Se a córnea se opacifica (embaça) por enfermidades hereditárias, lesões, infecções, queimaduras por substâncias químicas, enfermidades congênitas ou outras causas, a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou, às vezes, até perder a visão.

2) O que é o transplante de córnea?

Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão.

Durante um transplante de córnea, o botão (ou disco) central da córnea opacificada (embaçada) é trocado por um botão central de uma córnea saudável. Esta cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos de pessoas que têm alguma deficiência visual por problemas de córnea.

3) O olho, como um todo, pode ser transplantado?
Não. Somente alguns tecidos oculares, como a córnea e a esclera, e células-tronco da córnea, podem ser utilizados com fins terapêuticos.

4) O que são os Bancos de Olhos?Os Bancos de Olhos são instituições responsáveis pela retirada, transporte, avaliação, classificação, preservação, armazenamento e disponibilização dos tecidos oculares doados (ou seja, responsáveis por todas as etapas de processamento dos tecidos oculares doados).

5) Por que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, precisam e devem ser executados pela equipe do Banco de Olhos?

Porque esta é a única maneira de garantir que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados serão feitos de maneira ética, com segurança, por profissionais capacitados, de acordo com as "Normas Médicas Internacionais" para este tipo de atividade e com a legislação em vigor.

Somente os Bancos de Olhos estão preparados para realizar o necessário controle de qualidade dos tecidos oculares doados que serão distribuídos para transplante.

6) Qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares?

Sim. Independente da idade e do uso de correção visual (óculos ou lentes de contato), ou de alguma possível doença, qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares. Os distúrbios de refração (como miopia, hipermetropia, astigmatismo...) e outros distúrbios visuais (como catarata, glaucoma...) não impedem a doação.

7) A retirada dos tecidos oculares provoca alguma deformidade no doador?

Não. Os tecidos oculares são retirados de acordo com técnica cirúrgica que não deixa vestígios. A doação não modifica a aparência do doador.

8) Pode ocorrer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados?

A conversa com a equipe do Banco de Olhos antes da autorização de uma doação é fundamental. É muito raro acontecer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados. No entanto, certos medicamentos que possam ter sido ministrados ao doador, podem provocar algum sangramento (que, às vezes, pode deixar algum sinal). A equipe do Banco de Olhos estará preparada para orientar os familiares sobre esta possibilidade.

9) Até quanto tempo após o óbito os tecidos oculares podem ser retirados?O ideal é que os tecidos oculares doados sejam retirados até 06 (seis) horas após o falecimento. Por isso, o Banco de Olhos deve ser avisado rapidamente. Mas, vários fatores podem contribuir para que este prazo possa ser maior (em alguns casos, pode ser de até 24 horas).

10) Se alguém quiser, em vida, doar uma córnea para um familiar inscrito na lista de   espera para transplante de córnea, poderá?

Não. No caso da doação de córnea, este tipo de procedimento não é realizado e não é permitido por lei.

11) Como são utilizados os tecidos oculares doados?

Os tecidos oculares doados são utilizados para fins terapêuticos (de recuperação dos pacientes inscritos em lista de espera). A córnea, a esclera (parte branca do olho) e as células-tronco da córnea podem ser utilizadas com finalidade terapêutica. Cada doador pode beneficiar vários pacientes, se, além das córneas, a esclera e as células-tronco forem utilizadas (o que é rotina nos Bancos de Olhos).

Os tecidos que, por algum motivo, não puderem ser utilizados em cirurgias, serão utilizados em pesquisas (aprovadas por Comissão de Ética) ou ensino.

Os tecidos oculares doados jamais são desprezados. Todos têm uma finalidade.

12) Quantas pessoas aguardam por um transplante de córnea no Brasil?Aproximadamente, 25 mil pessoas.

13) Após o óbito, existe algum cuidado que deva ser tomado para que as córneas não sejam danificadas?

Sim. Manter as pálpebras bem fechadas e, se possível, colocar gelo sobre os olhos (tomando cuidado para que as pálpebras estejam, sempre, bem fechadas e para que o gelo não provoque um peso excessivo sobre os olhos).

14) É seguro para o paciente receber um tecido ocular doado? Existe a possibilidade de transmissão de alguma doença?

Os Bancos de Olhos tomam todos os cuidados para garantir a qualidade dos tecidos oculares doados, visando, principalmente, à segurança dos pacientes que irão receber os tecidos.

Não há riscos de transmissão de doenças, pois os Bancos de Olhos cumprem "Normas Médicas Internacionais" e, no Brasil, "Normas Técnicas para o Funcionamento dos Bancos de Olhos" - da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, Ministério da Saúde -, que garantem o correto controle de qualidade com relação aos tecidos oculares doados.

Por isso, é fundamental que todas as etapas do processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, sejam executadas pela equipe do Banco de Olhos.

Fonte:
Site da Associação Pan-Americana de Banco de Olhos www.apabo.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Uma baita irritação


 
O contato com elementos inflamatórios e microorganismos deixa os olhos vulneráveis à conjuntivite
Por Ana Paula Corradini

Pó que se acumula nos cantos da casa, pêlos de animais domésticos e pólen- eis aí ingredientes que deflagram a conjutivite, a inflamação da conjutiva, membrana que recobre a parte branca dos olhos. Não só isso causa a irritação. Se fungos, bactérias e vírus resolvem fazer festa ali, é barulho, opa, vermelhidão e lacrimejar na certa.
A forma mais comum do problema é a alérgica, que pode ser detonada pelo contato com aquela poeira impregnada em cortinas e tapetes. A turma que sofre de outras alergias é o alvo predileto. “Nessa gente a resposta do sistema imunológico é exagerada”, diz a oftalmologista Rosane Siladovestre de Castro, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista.
Toda a irritação e o coça-coça ocorrem porque os mastócitos, um tipo de célula de defesa, explodem, liberando uma substância chamada histamina contra os elementos estranhos. O tratamento consiste no uso de colírios anti-histamínicos ou estabilizadores de mastócitos. Este último remédio os torna mais resistentes, evitando a descarga de histamina. Assim há menos coceira, o que é ótimo: muita fricção pode deixar cicatrizes na córnea, que perde sua transparência, prejudicando a visão. “O trauma contínuo favorece doenças que deformam essa membrana”, diz Rosane. “Às vezes até transplantes são necessários.”

Germes em ação
Quando fungos, bactérias e vírus provocam a conjuntivite, ela é infecciosa. Os invasores podem se infiltrar ali pelo contato com mãos ou lentes contaminadas por algum membro do bando. Para enfrentá-los, o corpo convoca células defensoras como leucócitos e neutrófilos- os mastócitos não entram na luta, por isso não há coceira. “Elas disparam citoquinas, substâncias que dilatam os vasos”, explica o oftalmologista Élcio Sato, da Universidade Federal de São Paulo. “É por isso que os olhos se tornam vermelhos”. E, claro, também lacrimejam muito. O pus, comum na conjuntivite bacteriana, é o que sobra dos agressores e defensores depois do combate.
Existem colírios para neutralizar a ação das bactérias. O mesmo vale para o tormento provocado por fungos, mais raro. Para o tipo viral não há remédio. Os vírus são eliminados naturalmente, como na gripe. “Compressas com água filtrada ou gotas de colírio de lágrima artificial diminuem a inflamação”, ensina Élio Sato.
Como essas conjuntivites são contagiosas, deve-se evitar compartilhar objetos de uso pessoal e tocar a região.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um primeiro olhar


Na infância a visão se desenvolve. E é nela que muitos problemas devem ser flagrados e tratados

Por Marina Bessa

A garantia de olhos saudáveis exige cuidados desde cedo, antes mesmo do nascimento. “O acompanhamento pré-natal permite evitar que doenças como rubéola e toxoplasmose afetem a retina do feto”, justifica a oftalmologista Célia Nakanami, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essas infecções podem provocar até cegueira.
Mal recebeu as boas vindas no berçário, o recém-nascido é submetido ao primeiro check-up oftalmológico. Além de observar o aspecto externo, o especialista realiza o exame do reflexo vermelho. Com um aparelho chamado oftalmoscópio, uma luz é direcionada à retina. Se a pupila fica avermelhada, como em fotos tiradas com flash, está tudo ok: não há empecilho para a passagem dos raios luminosos.
Para flagrar doenças graves, como catarata e glaucoma congênitos, o teste tornou-se obrigatório por lei no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Com a criança mais crescida, dá para avaliar sua visão por um método simples: basta tampar um dos olhos e aguardar sua reação. Caso chore ou fique agoniada, pode ser sinal de disfunções, como a ambliopia. “Ela ocorre quando um olho é mais estimulado do que o outro”, explica o oftalmologista Miguel Álvares, de Minas Gerais.
“Daí, a visão do lado ruim não se desenvolve como deveria”. Diagnosticada a tempo, a enfermidade é revertida. “A criança aprende a interpretar os estímulos visuais que chegam ao cérebro até os 7 anos”, esclarece o oftalmologista Luís Carlos Sá, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Ou seja, depois dessa idade torna-se mais difícil mudar o curso do problema.”
Aversão a luminosidade, olhos lacrimejantes, assimétricos ou que se entortam muito exigem consulta  urgente. Amparados por luzes, lentes e cartões, os especialistas costumam identificar problemas até mesmo quando a criança ainda não fala. Aliás, a Universidade Federal de São Paulo acaba de adquirir o único aparelho da América Latina capaz de registrar, por meio de eletrodos colocados na cabeça do pimpolho, como os impulsos visuais chegam ao cérebro. “Esse método, chamado de potencial evocado de varredura, elimina qualquer subjetividade no diagnóstico”, afirma Célia Nakanami. Quando tudo vai bem, o ideal é que a primeira visita ao oftalmologista seja entre os 3 e os 4 anos.

Problemas de nascença
Conheça as principais doenças oculares congênitas

Catarata
O bebê pode já nascer com o cristalino opaco, o que diminui a acuidade visual. O tratamento exige a remoção cirúrgica dessa lente.

Glaucoma
Trata-se do aumento da pressão intra-ocular. Outro caso que requer cirurgia.

Estrabismo
Os olhos apontam em diversas direções. Aqui também pode-se apelar para o tratamento cirúrgico.


Retinobalstoma
Um reflexo esbranquiçado na região da pupila é um dos sinais desse tumor. Ele é extraído cirurgicamente.

Ptose (pálpebra caída)
Uma ou ambas as pálpebras tapam a área da pupila, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da visão. Mais um caso para operação.

Obstrução dos canais lacrimais
Ocorre quando o duto lacrimal é bloqueado. O problema pode ser resolvido por meio de massagens. Cirurgia só em casos extremos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lentes fotossensíveis ou incolores?


Ponto de vista do Dr. Newton Kara José: Lentes fotossensíveis ou incolores?
A dúvida entre escolher uma lente fotossensível e uma comum, de resina, continua. Apesar das lentes fotossensíveis conquistarem cada vez mais adeptos entre os consumidores, alguns pacientes continuam confusos no momento da decisão.
Para auxiliar na escolha e mostrar a vantagem de cada tipo de lente, o oftalmologista Newton Kara José, professor titular da USP e da UNICAMP, preparou um estudo com 30 pessoas. A Transitions foi comparada à lente incolor comum. O resultado? A lente fotossensível teve melhor desempenho em ambiente externo. Em entrevista para a revista Linha Médica, o doutor comentou os resultados e as principais diferenças entre os dois tipos de lentes.
Durante o estudo realizado, as lentes fotossensíveis Transitions tiveram desempenho superior às lentes incolores de resina em atividades externas. Em sua opinião, a que se deve esse feito?
Moramos em um país tropical, onde a concentração de luz, a claridade e os raios UVA e UVB são grandes. Sem o cuidado necessário, pode afetar nossa estrutura ocular e prejudicar a córnea e a retina. Na Austrália, parecida com o Brasil nesse aspecto, as lentes fotossensíveis são indicadas desde o período escolar. Crianças já são acostumadas desde cedo, já que a ação do raio ultravioleta é cumulativa. Quanto antes começar a proteger, melhor. A maioria prefere as lentes que absorvem a luz por diminuir o desconforto causado por superfícies claras e planas, metálicas ou com reflexo. Quanto maior a claridade, maior a diferença entre as duas lentes. Esse conforto e proteção foram determinantes na preferência pelas lentes Transitions.

Há diferenças entre as lentes Transitions e as lentes incolores em ambiente interno?
O ambiente interno, com a lâmpada fluorescente também agride os olhos e exige proteção. As lentes fotossensíveis auxiliam tanto em um ambiente externo como em um ambiente interno. Opiniões variam de pessoa para pessoa, mas é claro que, em questão de proteção, a fotossensível supera as incolores de resina em ambiente interno e externo.

As lentes incolores continuam sendo ligeiramente preferidas em ambientes interno?
Muitos dos que preferem as incolores de reina desconhecem as vantagens do uso de lentes fotossensíveis, inclusive em ambiente interno. As lâmpadas de escritórios agridem os olhos caso não seja utilizada uma proteção. Minha experiência como oftalmologista me ensina que é impossível agradar todos os pacientes. Eu sempre aconselho a usar lentes adaptáveis, pois o benefício é um diferencial.
Como as lentes fotossensíveis e as incolores influenciam o olhar de quem usa lentes de grau?
O efeito é o mesmo. A qualidade da visão permanecerá boa. A diferença fica restrita ao conforto e á proteção contra raios UVA e UVB. Neste aspecto, as lentes adaptáveis se destacam.

A que tipo de paciente você recomenda as lentes de reina e as lentes Transitions?
Depende do paciente. Quanto mais pessoa convive com o excesso de luminosidade, mais ela precisará de proteção. Nesse caso, lentes fotossensíveis são altamente recomendadas. Eu sempre aconselho a usar esse tipo de lente e as utilizo inclusive no meu consultório.

Fonte: Revista Linha Médica Abril de 2012- Edição nº 36 /www.transitions.com.br

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Quase 70% das patologias oculares estão relacionadas à má nutrição


Os olhos de um míope de 40 anos são os de alguém de 50; envelhecem dez vezes mais que os saudáveis a partir de 10 dioptrias, segundo estabelece o catedrático de oftalmologia Jorge Alió. Assim como a pele, que é um excelente indicador indireto de como se encontram nossos órgãos visuais, os olhos precisam de antioxidantes que ajudem a reduzir ou pelo menos desacelerar esse processo de desgaste. "Eles sofrem os mesmos tipos de agressão", insiste o professor.

A luz, os raios ultravioleta e a nutrição são fatores aos quais os oftalmologistas prestam cada vez mais atenção. A boa notícia é que o clima mediterrâneo, abundante em horas de sol e raios UVA, é muito benéfico para a visão, junto com uma dieta rica em vitaminas, minerais e substâncias carotenoides e flavonoides, que protegem, varrem e limpam os radicais livres. A má notícia é o abandono em passos gigantescos dessa dieta mediterrânea.

Quando queimamos a pele, nossos olhos também podem ficar afetados, irritados, secos, inclusive com uma lesão na retina.

Seguindo a comparação, se a cenoura é boa para reforçar a proteção natural da pele contra o sol, também serve para os olhos. Além disso, talvez lhe tenham dito quando criança para comer muita para ter olhos de lince. Exageros à parte, a questão é que se trata de uma hortaliça rica em vitamina A (também presente em espinafre, tomate ou pêssego), necessária também para a visão noturna, que costuma ser muito ruim nos míopes.

Recentemente foram comercializadas lágrimas artificiais com suplemento dessa vitamina A, que pode produzir uma melhora na blefarite (inflamação crônica das pálpebras).

Cerca de 70% das patologias oculares se relacionam a problemas de desnutrição, tanto por deficiência como por excesso. É necessário ter uma alimentação saudável e equilibrada para melhorar a saúde visual.

Alimentos recomendados

Aqueles que contêm vitaminada A e B (cereais, frutos secos, verduras), C (cítricos ou pimentas), E (aspargo, alface ou ervilha) e zinco (aipo, aspargo, fígado, batata). As antiocianidinas (cereja, framboesa, maçã ou ameixa) contribuem para reparar as células nervosas da retina, trazendo nutrientes para o olho: vários autores encontraram que com seu uso melhoram os sintomas da astenopia, ou cansaço visual.

Ingerir peixe oleoso com regularidade pode ajudar a reduzir o risco de sofrer uma degeneração macular associada à idade, segundo alguns estudos. Os azeites graxos ômega 3 têm efeitos anti-inflamatórios, melhoram a qualidade da película lacrimal e reforçam os mecanismos antioxidantes do olho; favorecem o
metabolismo dos fotorreceptores da retina e se transformam em veículo de outras substâncias benéficas.

Encontramos antioxidantes naturais, como o chocolate amargo, o chá verde, melatonina e vinho tinto em doses baixas, cuja utilidade real na prevenção ou melhora das enfermidades oculares relacionadas com o aumento do metabolismo oxidativo não foi comprovada.

Em Cingapura, onde a incidência de miopia é muito alta, sua prevalência era 7% menor nas crianças que tinham sido alimentados com leite materno. O que poderia indicar que o cálcio e a vitamina D3 teriam um papel, embora muito discreto, nessa redução. Na sociedade ocidental a alimentação habitual proporciona o necessário para um metabolismo normal do olho, a menos que interfira uma doença (ou o abuso de álcool e tabaco, em alguns casos) que dificulte a absorção de vitaminas, causando uma neuropatia óptica nutricional.

Nem a miopia (um problema físico interno do olho que tem a ver com o índice de refração) se elimina sem uma intervenção cirúrgica nem existem alimentos milagrosos. Mas há remédios naturais e caseiros úteis para acalmar irritações ou reduzir olhos inchados. Como a eufrásia. Ou a camomila, cuja variedade amarga é um poderoso oxidante com propriedades anti-inflamatórias. Por via oral não faz nada. É para uso tópico: deve ser fervida em água e aplicada, sem guardar a infusão para tratamentos sucessivos porque é facilmente contaminável.

Um índice de massa corporal (IMC) mais alto é relacionado a uma maior pressão intraocular e um maior perigo de sofrer glaucoma (primeira causa de cegueira). Estudos buscam a relação que existe entre essa grave patologia visual e a alimentação, através da nutrigenômica, a ciência que indaga o efeito da nutrição em nível molecular e genético e procura como tratar doenças relacionadas ao metabolismo graças à elaboração de dietas personalizadas.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Alerta 3D!!



Visão alterada, tontura, movimentos oculares involuntários, confusão, náuseas, enjôos, perda de consciência, convulsões, espasmos, desorientação, etc.

Se você sentir qualquer um desses sintomas, antes de só parar de assistir as imagens em 3D, quem sabe seja a hora de consultar um médico especialista.

Entrando em uma nova era, onde as maiores organizações estão apostando nesta nova tecnologia de imagem tridimensional, eu, como profissional da área da saúde, tenho visto em meu consultório, pacientes com estas e outras queixas, como dores de cabeça e no globo ocular, ardência, cansaço, que classificamos como astenopia. Sem contar aqueles que não conseguiram aproveitar o melhor do 3D, assistindo o filme inteiro com a visão embaçada e, portanto, sem colher os frutos desta inovação tecnológica. Isso tudo se acentua em pacientes estrábicos, com doenças neurológicas, como paralisias e perdas visuais severas em um dos olhos e até mesmo com muita diferença de grau de um olho para o outro que estão propensos a ter esses sintomas de forma ainda mais acentuada.

Para obter uma boa percepção do filme 3D é necessária boa acuidade visual em ambos os olhos e que haja fusão dessas imagens no cérebro.

Em uma sessão em 3D, é exibida na tela uma imagem com a sobreposição de duas imagens díspares horizontalmente. É como se fosse uma imagem do olho direito e outra do olho esquerdo. Os óculos polarizados fazem os olhos convergir, unificando as imagens, tornando-as nítidas e assim fazendo com que as imagens pareçam “saltar” da tela.
Se o expectador não consegue realizar esse movimento de convergência de maneira plena, é possível que venha a ter vários sintomas, como os descritos acima.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Gêmeos perdem a visão com menos de um ano de diferença por causa de doença rara



Os gêmeos Michael e Dan Smith, de 20 anos, ficaram cegos no mesmo ano, em 2009. Os dois possuem uma rara doença genética conhecida como Neuropatia Óptica de Leber, que causa a morte de células do nervo óptico.

Michael estava no primeiro ano da faculdade de medicina, em Londres, quando perdeu a visão em poucas semanas. Dan perdeu a visão menos de um ano depois, quando estudava engenharia aeronáutica na Universidade de Bristol, na Inglaterra. Agora, os dois podem ver apenas formatos das sombras.

Em entrevista ao jornal “Daily Mail”, Michael contou que os sintomas apareceram depressa. “Num dia eu estava assistindo a uma palestra, e no outro já não enxergava o projetor na minha frente”, disse ele. O inglês ainda tentou continuar a faculdade de medicina, mas mal conseguia ler.

Um teste genético identificou a doença de Michael. “Eu nem posso descrever o quanto foi devastador”, lembrou ele. “Meu maior medo era que meu irmão também tivesse a doença”, acrescentou.

Dan também ficou assustado com a notícia. “Michael sempre foi a pessoa mais próxima a mim”, disse ele, que foi informado de que tinha de 60 a 70 por cento de chances de perder a visão, já que os dois são gêmeos idênticos. “Eu estava sentado em uma bomba-relógio que poderia explodir a qualquer momento”, disse ele. Dan perdeu a maior parte da visão em abril de 2010.

Depois que a doença se manifestou, os irmãos precisaram aprender a ler em Braile, reaprender a cozinhar e escolher as roupas sozinhos. Mas, ao contrário do que pensaram, a vida não parou.

Michael estuda geografia e está treinando para fazer parte da equipe inglesa de futebol que vai competir nas Paraolimpíadas de Londres neste ano. Ele e o irmão pretendem ir de bicicleta de Londres a Amsterdã em abril de 2012 e arrecadar fundos para uma instituição de caridade.

Dan ainda estuda engenharia aeronáutica e pretende ingressar no setor de investimentos. “Nós pensamos que nunca mais sorriríamos novamente, mas quisemos nossas vidas de volta”, destacou ele.
Portal Jornal o extra

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mãe com deficiência visual conta que viu filhos pela primeira vez após terapia genética




Três americanos, que perderam a vista na infância, relataram uma melhora drástica na sua visão, depois de terem sido submetidos à terapia genética, em ambos os olhos.

Em alguns casos, a melhora começou há quatro anos, quando um dos olhos foi submetido à terapia. Agora uma americana falou sobre a emoção de conseguir enxergar pela primeira vez os próprios filhos, depois de passar por terapia no segundo olho.

Os três pacientes tinham uma condição hereditária e rara conhecida como Amaurose Congênita de Leber (ACL) provocada por um defeito no gene responsável pela proteína necessária para a visão.

A ACL se manifesta nos primeiros meses de vida e compromete gravemente o sentido da visão, além de causar movimentos involuntários no olho e vista fraca no escuro.

Emoção

Diversas equipes de cientistas em várias partes do mundo tentaram terapias genéticas para tratar a cegueira, mas poucos pacientes receberam o tratamento para lidar com um defeito genético em estágio tão anterior ao processo de perda de visão.

Pesquisadores americanos revelaram, em 2008, que 12 pessoas com LCA recuperaram parte da visão depois de receberem uma injeção no olho com um vírus criado artificialmente, portador do gene RPE65.

Em outro estudo, eles trataram o outro olho de três pacientes, e descobriram que isso melhorou ainda mais a visão. Os pacientes passaram a conseguir identificar obstáculos ao seu redor.

Os resultados foram publicados na revista científica Science Translational Medicine.

A principal cientista do projeto, Jean Bennett, disse que os pacientes podem fazer coisas que nunca fizeram antes, como andar à noite, fazer compras sozinhos e reconhecer o rosto de pessoas.

"Nós mostramos que é possível tratar com segurança tanto os olhos das pessoas com esta forma particular de deficiência da retina usando um tratamento a base de genes, e, além disso, nós demonstramos que o cérebro entende o que a retina está vendo", disse a cientista.

Um dos três pacientes que participou dos testes, Tami Morehouse, disse que sua visão foi se recuperando gradualmente, abrindo um novo mundo para ela.

Apesar de ela não conseguir enxergar bem o suficiente para ler ou dirigir, ela agora consegue reconhecer os rostos de seus filhos e assistir aos jogos de beisebol deles.

"A vida ficou tão mais fácil em um nível que a maioria das pessoas não percebe. Qualquer forma de visão que você consegue ter, quando não se tinha nada, é de um valor incrível", disse Morehouse.

"Ver os rostos das minhas crianças - meu filho com seus imensos olhos escuros, minha filha com seus grandes e belos olhos azuis. Eu tenho que olhar com bastante cuidado para conseguir enxergar, mas agora eu consigo. Todos os dias eu perdia coisas, mas agora um pouco disso voltou e eu não consigo nem explicar o que isso significa".

Os pesquisadores pretendem agora seguir com o mesmo tratamento em outros nove pacientes.

"Eu acho que este é um marco no tratamento de formas mais comuns de cegueira em ambos os olhos", disse Bennett.

PORTAL UOL
Fonte: http://www.hospitaldeolhos.net/noticias-interna.asp?id=210&palavra

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Especialista: Cirurgia pode beneficiar pacientes com glaucoma em estágio final

Elie Dahan

Uma fase hipertensiva pós-operatória transitória é normal.

        Para o Dr. Elie Dahan, MMed (Ophth), que palestrou no World Glaucoma Congresso, em Paris, os cirurgiões deveriam ter um pensamento mais positivo em relação à cirurgia final e não deixar que os mitros e equívocos sobre o risco da cirurgia de glaucoma os levassem a conclusões equivocadas.
        “ O primeiro grande mito é o chamado fenômeno wipeout, isto é, perda súbita da visão que supostamente ocorre em pacientes com glaucoma em estágio final no pós-operatório”, afirmou.
        Citando estudos de Moster e Moster, Topuzis, Lee e Simon, o Dr. Dahan disse que o fenômeno wipeout não é um risco, mas um mito exagerado.
        Na literatura recente, a taxa de ocorrência do fenômeno wipeout varia de 0% a 7%, mas o mito persiste porque os cirurgiões temem operar pacientes com visão residual muito baixa que muitas vezes têm expectativas irreais em relação ao resultado da cirurgia de glaucoma, afirmou.
        Os cirurgiões não devem temer a perda de acuidade visual transitória relativa que pode ocorrer no período pós-operatório imediato por motivos que incluem edema macular causado por hipotonia, hifema, câmara anterior rasa ou viscoelástico na câmara anterior, destacou o Dr. Dahan.
“Essas condições temporárias geralmente se resolvem espontaneamente”, afirmou.

Procedimento preferencial
        De acordo com o Dr. Dahan, o procedimento de escolha para o glaucoma em estágio final é a cirurgia de glaucoma não penetrante, seja esclerectomia ou viscocanalostomia profunda, devido à baixa taxxa de complicação. No entanto, a cirurgia de glaucoma não penetrante exige uma longa curva de aprendizado em condições normais e ainda mai no tratamento de pacientes com glaucoma em estágio final.
        “Você precisa fazer pelo menos 200 procedimentos bem sucedidos não penetrante para atingir um nível aceitável de proficiência”, ele afirmou. “ Da mesma forma, não é desejável que um caso de catarata difícil seja tratado por um profissional que tenha feito menos de 200 procedimentos de facoemulsificação.”
        Sua segunda opção de procedimento para o glaucoma em estágio final é a microincisão Ex- PRESS (Alcon).
        “Ela é mais segura que trabeculectomia, mas você precisa ter tratado pelo menos 50 casos bem-sucedidos antes de usá-la no glaucoma em estágio final”, afirmou.

Transformando a concentração do fator de crescimento
        Um equívoco importante em relação aos riscos da cirurgia de glaucoma diz respeito ao tratamento da fase hipertensiva pós-operatória que muitas ocorre a partir da segunda semana. Uma fase hipertensiva transitória pode ocorrer após qualquer cirurgia de glaucoma. Ela é geralmente relatada após o uso de implantes de tubo de silicone, mas também ocorre após trabeculectomia, a cirurgia de glaucoma não penetrante e o implante com microincisão Ex-PRESS. A causa dafase hipertensiva é a alta concentração de fatores de crescimento de transformação na aquosa após a cirurgia.
        “Os fatores de crescimento de transformação são responsáveis pela cicatrização e pela formação de cicatrizes. A concentração é inicialmente é inicialmente  alta , causando a formação de cicatrizes temporárias excessivas ao redor do local a filtração. À medida que a concentração retorna ao nível normal depois de 2 a 3 semanas, a PIO também retorna ao nível  normal quando a inflamação e a cicatrização terminam”, lembrou o Dr. Dahan.
        Durante essa fase, os cirurgiões devem evitar a administração de medicamentos tópicos para baixar a PIO ou a manipulação do local da filtração.
        “Faça apena uma gonioscopia para ver o local da filtração e saber o que está acontecendo. Não faça massagem e não ensine o paciente a fazer massagem, porque a massagem é áspera, imprecisa, não controlada e muito perigosa. Se você  fizer a massagem depois da cirurgia de glaucoma não penetrante, existe o risco de você romper a membrana trabeculo-descemética e causar o encarceramento da íris, afirmou o Dr. Dahan.
        Os meicamentos tópicos para a redução da PIO, que contém conservantes, têm um efeito tóxico na conjutiva de cicatrização e colocam em risco a formação de bolhas saudáveis.
        “ Ao administrar medicamentos antiglaucoma no pós-operatório, você reduz  fluxo no local de filtração e acelera a cicatrização conjutival”, afirmou o Dr. Dahan.
        Lise da sutura, sutura e goniopunctura com laser YAG são abordagens preferenciais para muitos cirurgiões quando a PIO sobe, mas essas intervenções são, na maioria das vezes, desnecessárias devido à natureza transitória da fase hipertensiva, de acordo com o Dr. Dahan. Em vez disso, quando a PIO subir perigosamente, uma descompressão da câmara anterior pode ser feita na lâmpada de fenda em uma paracentese pré-existente.
        “No entanto, na maioria dos casos, o melhor a fazer é esperar”, afirmou o Dr. Dahan.
“Não entre em pânico. Substitua os esteróides por medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais não conservados para reduzir a resposta aos esteróides e permitir que a PIO chegue a 20 sem intervenção. Uma elevação de PIO moderada, dentro dessa faixa, é benéfica, especialmente  na cirurgiade glaucoma não penetrante, pois ela aumenta a janela trabeculo-descemética e melhora a fitração”
        A PIO costuma voltar ao nível normal no prazo de 2 a 3 semanas.Se ela permanecer alta depois de 3 meses, a revisão cirúrgica do local de filtração com a aplicação adicional de mitomicina C no retalho escleral deve ser considerada no lugar de medicamentos anti-glaucoma, afirmou o Dr. Dahan.
        Outro equívoco em relação ao controle da PIO em pacientes com glaucoma em estágio final se refere ao uso de vários medicamentos.De acordo com o Dr. Dahan, usar quatro medicamentos diferentes para controlar a PIO nesse estágio não é seguro nem realista.
        A perda da visão e do campo visual progride apesar da PIO baixa atingida devido ao uso de vários medicamentos. O chamado fenômeno wipeout pode ocorrer no glaucoma em estágio final supostamente controlado por vários medicamentos de tratamento do glaucoma.
        “Os relatórios sobre as taxas de sucesso da cirurgia de glaucoma são muitas vezes enganosos divido às definições equivocadas e aos critérios não padronizados usados por diferentes autores. Devemos objetivar o sucesso total sem medicamentos, não o sucesso parcial às custas de medicamentos. E devemos pensar e no máximo 18 mm de Hg, e não 21 mm de Hg, como valor máximo da PIO. Na verdade, os pacientes com glaucoma em estágio final precisam de sucesso completo com uma PIO de menos de 15mm de Hg”, afirmou o Dr. Dahan.

Por Michela Cimberle
Fonte: Ocular Surgery News
       
       




quinta-feira, 12 de abril de 2012

A importância da higiene ocular


Os nossos olhos estão diariamente expostos a muitas influências externas. Têm contato com poluentes do ar, bactérias, ar seco, vento, cosméticos, etc.
As pálpebras e as pestanas oferecem determinada proteção, mas esta proteção, muitas vezes, não é suficiente, pois também a região das pálpebras e das pestanas é muito sensível. As influências externas podem dar origem a doenças inflamatórias dos olhos (por exemplo, conjuntivites) ou das pálpebras (como inflamações do bordo da pálpebra) e, evoluindo a doença, podem originar serosidades mucosas, congestão escamosa e secreções secas que, de um modo geral, podem fazer mal aos olhos, mas especialmente à córnea sensível. 
Limpeza dos olhos
Normalmente, ao lavar o rosto, os olhos ficam suficientemente limpos. Em caso de tendência geral para pele gordurosa, formação de escamas e secreções secas, deve-se prevenir inflamações do bordo da pálpebra com uma higiene intensiva e diária. É ao redor das pálpebras que se encontram as glândulas sebáceas que podem obstruir. Isto pode originar inflamações desagradáveis.
Ao redor das pálpebras deve ser limpo uma vez por dia com um cotonete, que deve ser embebido conforme se quiser, em óleo ou num xampu muito suave. Se surgirem inflamações aos arredores das pálpebras, com frequência, a congestão escamosa deve ser massageada para fora da glândula sebácea, em intervalos regulares.
A maquiagem dos olhos também requer todas as noites uma cuidadosa remoção e a limpeza da zona dos olhos. Caso contrário, durante a noite podem entrar facilmente partículas de cosméticos nos olhos e provocar irritações. Os resíduos de cosméticos também podem facilmente irritar a pele em volta dos olhos.
Ao limpar os olhos, deve-se ter atenção a que se lave sempre no sentido do nariz. Se acaso se esfregar em sentido contrário, a pálpebra inferior pode desprender-se do globo ocular, permitindo às impurezas aderirem a pálpebra e entrar nos olhos. Possíveis secreções duras e ásperas podem assim danificar a córnea.
Gels de limpeza
Para a limpeza dos olhos, também são apropriados gels de limpeza especialmente indicados para os olhos e disponíveis em bisnagas. O gel é aplicado num lenço de papel e depois aplicados nos olhos. Se usar um gel para limpar os olhos, observe sempre a data de expiração e tenha cuidado em não tocar com os dedos na abertura do tubo. Caso isso ocorra, pelo o tubo aberto, podem entrar bactérias e outros micróbios que podem fazer mal aos olhos.
Banhos oculares
Para auxílio à higiene ocular, banhos oculares são recomendados. Encontram-se disponíveis nas farmácias soros especiais para lavagem dos olhos, com a respectiva “tina para os olhos”. Estes banhos têm um efeito refrescante sobre olhos secos e irritados, após muito tempo de trabalho no computador, leitura, televisão, etc. Pessoas com alergias podem encontrar alívio com banhos oculares, com a remoção de poeira e pólen. As lavagens oculares proporcionam também um primeiro socorro em caso de corpos estranhos nos olhos ou causticações com produtos químicos. Mas nestes casos, deve consultar-se de imediato um oftalmologista.
Cuidado com as receitas caseiras
Pede-se um especial cuidado na utilização de remédios caseiros, como, por exemplo, lavagens com camomila. A camomila é conhecida pelo seu efeito calmante, sendo isto correto em muitos casos. Mas nos olhos, segundo os mais recentes estudos, atua de forma secante. Além disso, o extrato de camomila contém, em muitas vezes, o pólen de plantas, que em algumas pessoas pode provocar reações alérgicas. Se a solução de lavagem dos olhos produzida por si permanecer algum tempo e arrefecer, torna-se uma base ideal para bactérias e outros micróbios. Daí que, na higiene dos seus olhos, deva preferir os preparados testados recomendados pelo seu farmacêutico ou oftalmologista.
Cuidado com a pele
O cuidado da pele sensível em redor dos olhos também faz parte da higiene ocular. Nesta região, é fácil originar-se secura e formação de rugas, pois a pele em volta dos olhos é muito fina e é ”almofadada" só um pouco pela gordura do tecido subcutâneo e o tecido conjuntivo. É importante manter-se a umidade da pele. Para isso, os cremes e gels das várias séries de produtos de cuidados da pele, que também são indicados para olhos sensíveis e portadores de lentes de contato podem ser úteis. Informe-se com exatidão e experimente os diferentes produtos para descobrir qual melhor se adequa a si.

Fonte: http://www.portaldaoftalmologia.com.br

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O que é um míope, astigmata, hipermetrope e vista cansada?





O que é um míope?

Os míopes enxergam objetos próximos claramente, porém os distantes ficam desfocados. É freqüente esta necessidade passar despercebida nos seus estágios iniciais.
Não consegue ler placas na rua?
Franze os olhos para ver com nitidez ao longe? A criança escreve com o rosto muito próximo do caderno? O rendimento escolar tem sido baixo?


O que é o astigmata?

Quem tem astigmatismo não tem percepção nítida dos contrastes entre as linhas horizontais, verticais e oblíquas. Pode ter outras necessidades visuais como miopia, hipermetropia ou presbiopia ( vista cansada, após os 40 anos).
Há dificuldade em manter a leitura da linha de um texto e confusão ao diferencias símbolos como D do O, ou M do N, bem como 8 do B.

O que é o Hipermetrope?

O hipermetrope tem mais dificuldade em enxergar de perto do que de longe.  O esforço permanente para enxergar bem pode causar desconforto, principalmente ao ler um texto, por exemplo.
Sensação de peso nos olhos, ardor e vermelhidão  podem ser sintomas de hipermetropia.
Não consegue ler de perto nem de longe com nitidez? Os olhos cansam durante a leitura? A criança tem dificuldade em fazer o dever da escola?

 O que é a vista cansada?

A vista cansada ou presbiopia é a redução natural e gradual da visão de perto, que acontece com todas as pessoas a partir dos 40 anos.
A vista cansada ocorre por igual em míopes, astigmatas e hipermetropes. Ou mesmo em quem nunca necessitou de correção visual.
É fácil perceber: afasta o jornal ou cardápio para ler? Precisa de mais luz para ler um livro? Não consegue ler textos com letras menores?


Fonte: WWW. essilor.com.br